domingo, 31 de março de 2013

 
"amanhãs sem partida"
 

quero despir a minha nudez na retina do teu desejo
quero vestir a minha nudez com palavras que te beijo
 
despir a mulher,vestir a fera adormecida

 despir as horas que se vestem de relógios esquecidos
vestir o teu olhar de prazeres enlouquecidos
 
quero despir-me daquele ser-me que te não é
 
quero vestir-me daquele ser que te habita
vestirmo-nos daquela palavra serena
que em meu corpo fala no meu coração transita
vestir-nos-emos de amanhãs sem partida..
ana silvestre

 

as palavras nascem-me.
já não sei onde esconde-las
ou o que fazer com elas
se as guarde no coração
se as arrume na gaveta
ou se as plante em murmúrio
num derradeiro assalto
ao teu ouvido...
não sei não.

ana silvestre
 
 
cheiro a rosas
hálito a saudade
passos leves
pedras soltas na calçada
encruzilhada
regresso do amor
sem pedras não há chão que resista
erodido jardim ,pólen da ilusão
almas em contramão
escadas sem corrimão
tudo em vão..

a.silvestre


quarta-feira, 20 de março de 2013

 
..e foi nesse dia que ela percebeu
que a solução não era mudar de sapatos
mas sim,de caminho..

a.silvestre