quinta-feira, 28 de junho de 2012

arrogante paixão

atrás das cortinas tudo parece diferente.

abro as cortinas a verdade olha-me
com um sorriso arrogante anestesiando-me a esperança.

meus beijos anseiam pousar nos teus lábios

atropelar tua língua fazê-la suar de paixão

pinto o sonho com as mãos de minha alma

desfolho as palavras no amor que não sara

que o vento não nos seque a transpiração

que teima escorrer em nossa mão
ansiedade

olha-me de frente povoa-me de emoção

apaga a verdade que se esconde em meu coração

sê louco .esquece tudo o resto quero abrir as cortinas

e ver o teu sorriso incendiar nossa ilusão

ardo-me na profundidade do silêncio...

sejamos loucos.cegos.fecharemos os olhos ao tempo.

a.sivestre

sábado, 16 de junho de 2012


diz-me...
 em sussurro..como se dos segredos mar falasses..

sexta-feira, 15 de junho de 2012

palavras que escrevo no pensamento

perdem-se em boleias de incertezas.mas...

pergunto-te:saberás ler-me? saberás traduzir-me?

no deserto que somos

há sempre algo que não entendemos

algo que nos escapou

serão nossos sentimentos nómadas ?..

no anonimato de nossos corpos

distribuímos assinaturas de prazer..

sublinhadas com o calor de nosso amor
 
 
gotas de lágrimas borram a palavra amar..

mas..sempre haverá um sol

que liberte o pensamento

dessas densas nuvens que nos paralisam

que murcham as pétalas da esperança

que nos fazem asfixiar ...


sempre haverá um sol...

a.silvestre
bebe..o vinho.. que vindimaste na minha pele...
 sabor a uva madura...

a.silvestre

sábado, 9 de junho de 2012

perdi-me de mim

procuro-me

por esses caminhos matreiros

virei-me do avesso.o relógio agrediu-me

entre ponteiros algemados a desilusões

onde se alojam os silêncios.

desalmados corações !

palavras aglomeram-se

atrás das cortinas do olhar

olhar enlouquecido cerra-se ao tempo

raios de sol procuram sombras

tudo deserto.o sol desiste

mas..ainda há uma loucura que persiste
a procura..

a.silvestre
diz-me que sim.

prometo
que não vou acreditar..
que não vou pensar
simplesmente..
te vou beijar...

diz-me que sim
que te posso amar
deixa-me ser o que te sinto
ser o que te escrevo
até onde posso ir para acreditar..

diz-me que sim
que o sol queimou.a lua falou
o universo deflagrou....
sem darmos por nada
porque..nosso amor ficou

diz-me que sim
que ouves os meus gritos no silêncio
que ouves o falar do meu corpo
chamando o teu
que vês nos contornos das palavras
o amor que te é meu...

diz-me..
acredita-te-me
que o silêncio se faça vontade
que o querer será tocar
que o sentir será..amar.

palavras aguardam
tuas engenhosas mãos
sereno dilúvio.as espalharão
diz-me que sim...ao desejo
que guardo em meu coração.

a.silvestre


teu beijo

suavemente teu beijo toca no meu
é onde meu raciocínio se perdeu
onde meu corpo pede o teu


olhares se namoram
em lufada de ar quente
corpos se enrolam

gotas de melodia lasciva escorrem
em pele que soluça de prazer
flancos ávidos de te ter

sinto-te num canto do tempo
que não quer parar
relógio de ponteiros a pulsar

primavera em loucas e coloridas ânsias
pólen em gemidos de gardénias
inflamadas de esperanças

pensamento amordaçado
pelo amor que nos cega
paixão que nos rega

amamo-nos
com uma solidez intensa
em horas de camera lenta..

a.silvestre