domingo, 9 de dezembro de 2012

recônditos desejos



fizeste do meu coração
a tela da tua vida
 
nele pintaste todas
as tuas cores
 
amarraste em laços de seda
todas as palavras
 
regaste com a tua seiva
todas as minhas raízes
 
mergulhaste todo o teu silencio
no meu infinito
 
lavraste na minha pele
os mais recônditos desejos
 
depositaste no tejadilho
dos meus olhos a assimetria da felicidade..
 
a.silvestre
pintura de andre kohn

 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012



...ela não soube o que fazer
com as palavras que lhe germinavam na alma
amordaçou a caneta,afogou a folha nos sonhos submersos
pensou que nada disse. mas o coração já tudo havia tatuado no olhar
suspirou...mas não enganou..

a.silvestre
pintura de pino daeni

terça-feira, 13 de novembro de 2012

desperta-me as palavras...!
sussurra-me no pensamento..
atiça-me a alma.
beija-me com a tua vontade..
embriaga-me
desde a raiz da palavra até à flor da paixão..

a.silvestre 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

foi para ti que escrevi alguns sentires...
foi para ti que palavras me fugiram da caneta
foi para ti que melodiei algumas frases..

foi em ti que alguns sonhos brilharam..

foi para ti que acendi a luz do luar
em noites de escuridão.

foi para mim que aprisionei o brilho do teu olhar
foi por ti que mendiguei na incerteza
foi para ti..
mas..nunca o percebeste..

a.silvestre.
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012



tenho vontade de palavras.não de qualquer uma
mas sim das tuas...

a.silvestre
"sem palavras"

por vezes sinto as palavras fugirem porta fora

sinto-as correrem na estrada do meu pensamento
fogem ! fogem de mim..do que eu te possa dizer

do que tu possas saber.

no asfalto da alma não tenho como agarra-las

é como se não quisesses ouvi-las,compreende-las

sem palavras sinto-me num mundo sem chão

onde tudo se afunda..

um mundo em queda eminente..

a.silvestre
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

amor...silvestre

as folhas dançam arrepiadas, ao som das palavras que cantam em silêncio..
escondem portas...que se abrem ao toque da alma
grutas ..onde apetece esconder o calor do teu sorriso
sinto..as folhas tocarem-me como se fossem dedos..
os teus dedos..folhas.. que voam sobre a pele...pousando nos vales..
o aroma silvestre emana das grutas.. agora esperando a doce brisa do teu olhar..
a dança insinuante do teu beijar...
o erguer..do teu amar..

a.silvestre

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

um dia jurei:
não nunca mais me perderei
nos caminhos difíceis ou fáceis que a vida me proporciona.
um dia saberei realmente o que quero ou não quero.até onde poderei ir
vida fora,magoei fui magoada.sim.. vou lendo páginas de mim
quero aprender-me cada vez mais
e..talvez um dia saberei .terei a certeza..talvez....

a.silvestre

quinta-feira, 19 de julho de 2012

pele que transborda nas memórias do tacto..
pétalas que florescem em poros inflamados de desejo..
ouço..a fadiga da saudade em ausência de palavras..
tua voz que me sussurra no silêncio perde-se no horizonte dos sonhos

diálogo calado, camuflado em suspiros adormecidos

êxtase reclama em fôlego lento..
lembranças que os dedos fazem caminhar..

a.silvestre

quarta-feira, 11 de julho de 2012

olho-me no espelho e vejo-te..
ainda junto de mim.meu corpo respira teu desejo..
no meu olhar ainda sussurra o horizonte da tua voz...

a.silvestre

foto:AMBRA. CORSETTERIA 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

arrogante paixão

atrás das cortinas tudo parece diferente.

abro as cortinas a verdade olha-me
com um sorriso arrogante anestesiando-me a esperança.

meus beijos anseiam pousar nos teus lábios

atropelar tua língua fazê-la suar de paixão

pinto o sonho com as mãos de minha alma

desfolho as palavras no amor que não sara

que o vento não nos seque a transpiração

que teima escorrer em nossa mão
ansiedade

olha-me de frente povoa-me de emoção

apaga a verdade que se esconde em meu coração

sê louco .esquece tudo o resto quero abrir as cortinas

e ver o teu sorriso incendiar nossa ilusão

ardo-me na profundidade do silêncio...

sejamos loucos.cegos.fecharemos os olhos ao tempo.

a.sivestre

sábado, 16 de junho de 2012


diz-me...
 em sussurro..como se dos segredos mar falasses..

sexta-feira, 15 de junho de 2012

palavras que escrevo no pensamento

perdem-se em boleias de incertezas.mas...

pergunto-te:saberás ler-me? saberás traduzir-me?

no deserto que somos

há sempre algo que não entendemos

algo que nos escapou

serão nossos sentimentos nómadas ?..

no anonimato de nossos corpos

distribuímos assinaturas de prazer..

sublinhadas com o calor de nosso amor
 
 
gotas de lágrimas borram a palavra amar..

mas..sempre haverá um sol

que liberte o pensamento

dessas densas nuvens que nos paralisam

que murcham as pétalas da esperança

que nos fazem asfixiar ...


sempre haverá um sol...

a.silvestre
bebe..o vinho.. que vindimaste na minha pele...
 sabor a uva madura...

a.silvestre

sábado, 9 de junho de 2012

perdi-me de mim

procuro-me

por esses caminhos matreiros

virei-me do avesso.o relógio agrediu-me

entre ponteiros algemados a desilusões

onde se alojam os silêncios.

desalmados corações !

palavras aglomeram-se

atrás das cortinas do olhar

olhar enlouquecido cerra-se ao tempo

raios de sol procuram sombras

tudo deserto.o sol desiste

mas..ainda há uma loucura que persiste
a procura..

a.silvestre
diz-me que sim.

prometo
que não vou acreditar..
que não vou pensar
simplesmente..
te vou beijar...

diz-me que sim
que te posso amar
deixa-me ser o que te sinto
ser o que te escrevo
até onde posso ir para acreditar..

diz-me que sim
que o sol queimou.a lua falou
o universo deflagrou....
sem darmos por nada
porque..nosso amor ficou

diz-me que sim
que ouves os meus gritos no silêncio
que ouves o falar do meu corpo
chamando o teu
que vês nos contornos das palavras
o amor que te é meu...

diz-me..
acredita-te-me
que o silêncio se faça vontade
que o querer será tocar
que o sentir será..amar.

palavras aguardam
tuas engenhosas mãos
sereno dilúvio.as espalharão
diz-me que sim...ao desejo
que guardo em meu coração.

a.silvestre


teu beijo

suavemente teu beijo toca no meu
é onde meu raciocínio se perdeu
onde meu corpo pede o teu


olhares se namoram
em lufada de ar quente
corpos se enrolam

gotas de melodia lasciva escorrem
em pele que soluça de prazer
flancos ávidos de te ter

sinto-te num canto do tempo
que não quer parar
relógio de ponteiros a pulsar

primavera em loucas e coloridas ânsias
pólen em gemidos de gardénias
inflamadas de esperanças

pensamento amordaçado
pelo amor que nos cega
paixão que nos rega

amamo-nos
com uma solidez intensa
em horas de camera lenta..

a.silvestre

sábado, 21 de abril de 2012

primavera

chegaste
contigo chegou a primavera
sacudiste o tempo
a chuva parou
o sol nos encantou

em meu corpo pétalas desabrocharam
teu sorriso floriu.beijaste-me
teu beijo sabe a quimera
em cores de primavera

deflagra o aroma vindo dos jardins
polinizados de sonho
onde o perfume amorna
nossa alma aromatizada de jasmins

primavera.moldas com magia
nossos corações eloquentes
em sonhos com aroma de fantasia
serena utopia

nas festas de nossa felicidade
sempre a primavera invade
façamos de nós uma eterna primavera..

a.silvestre
trinca-me
em dentadas de câmera lenta

morde-me qual canino galanteando sua fêmea

saboreia-me

maçã insana.sabor a seiva do amor

num rebolar de gemidos

fazemos rolar nossos pecados

extravagancias carnais

enlouquecer de loucos

loucos que somos

palavras em comunhão de corpos

alienemos nosso desejo brutal

instantes de caricias esbanjadoras

em lábios tresloucados de paixão

desesperados nos perdemos

num amor em órbita descomunal...

a.silvestre

sexta-feira, 20 de abril de 2012

no tempo perdido
há um espaço que não se vê
espaço.tempo.
que impediu a despedida
remetente mendigo
onde a saudade se abriga
o instante se refugia
tudo se perde no endereço
do futuro não previsto...

a.silvestre
folheia-me..
deixa o rasto de tua saliva em cada página de meu corpo

sou-te o que desejas.caricias em livro de êxtase
escreve-me com tua lingua ardente em linhas de saliva

toca-me
ponta dos dedos orvalhada.seios viciados
em palavras gemidas

beija-me.sê-me.espalha a loucura no livro de nós
rasga capa. em essência de mim. desnuda-te-me

monocromático prazer
delira em orgasmos multicores

página brava arrepia letras em delírio voluptuoso
língua apaga palavras que apelam o fim.

loucura voa com o vento da paixão...

a.silvestre

domingo, 11 de março de 2012

perco-me




...perco-me nas palavras.sinto-as sufocarem.
querem partir.não deixo.é nelas que te encontro
nelas que desperto.acumulo-as no meu peito.
um dia jorrarão de um só fôlego...

a.silvestre

sábado, 10 de março de 2012


..sinto o toque de tuas mãos em meu corpo nu..
o esmagar dos poros em suspiro de sedução..
ouço tua voz como a terna quietude do som
duma melodia de violino..danço-me nesse som
que me domina...

a.silvestre.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

deixei a porta aberta


deixei a porta aberta.
as palavras esperam lá fora
o vento traz o aroma a maresia.
recuso-me voltar para trás
liberto a tentação.provo o suor da espera
despenho-me nos instantes seguintes
o teu corpo ainda não está
a lua toca-me da janela.parece-me fria

espero-te no cais da chama que me rasga
é tua a mão que em meu corpo quero sentir
é teu o olhar de desejo que em mim vai pousar
são tuas as palavras que quero ouvir sussurrar
é nossa a paixão que quero desabrochar
vem, antes que a esperança envelheça...

a.silvestre

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

o poema


coloquei as letras na prateleira.adiando as palavras.
bem arrumadas não fosse cair alguma quebrando
o silêncio da folha branca que espera.

espero no tempo naufragado.o dia certo para as retirar
sem ferir mágoas não saradas.o dia em que rasgarei
todas as dúvidas.esvaziarei as ilusões.derramarei emoções.

esse dia surgido da ilusão será o dia em que
apareceres na estrada do tempo.
felicidade.prateleira que balança.letras que caem.
no papel cansado.palavras que se formam.
semeando esperança .

chegaste.sorvo tua presença.pegas na folha.
poema hasteado.amor consumado.
matámos o tempo.o passado esvaiu.
o presente ficou.
o amor nos uniu...

a.silvestre

sábado, 21 de janeiro de 2012


algum sítio onde eu pertencesse.
onde o sonho não se perdesse.
onde o vapor do nada não me tatuasse.
onde o relógio não adiasse.

algum sítio
onde a minha maior inimiga não fosse eu.
onde o vento trouxesse o perfume da rosa.
onde a imagem do pensamento
não perturbasse a chama da esperança.

onde o quotidiano ancorasse
na enseada daquela dança.
algum sítio onde o aroma da paisagem
penetrasse no reino estático do meu ser
algum sítio.por aí...

a.silvestre

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

aquela palavra



curta e transparente a palavra que me veste.
meus sentimentos navegam á flor da pele
peregrinam a nudez de minh'alma
pousando descalços na essência
do amor que me deste.

essa curta palavra que brota tanta emoção.
fazendo de cada detalhe uma suave definição.
palavra sorvedora vinda de teus lábios
em sussurro explosivo.
meu amor solta tua fervorosa voz
e diz.diz mais uma vez.
só para nós...
..aquela palavra.

a.silvestre